Crianças cristal, índigo,
diamante, arco-íris ou seja de que género for, existe uma grande
responsabilidade por parte dos pais e educadores de lhes proporcionarmos as
melhores condições para uma educação equilibrada.
Quando os pais começam a
aperceber-se que os seus filhos possuem características diferentes e
posteriormente conseguem identificar se são crianças cristal ou outro tipo
muitas vezes se levanta a questão de “E agora? O que é suposto eu fazer?”
A verdade é que não muda em
nada aquilo que como pais é suposto fazermos. Trata-se da educação de uma
criança, e como educadores devemos tentar passar os nossos valores, os valores
que de alguma forma nos foram passados e claro devemos tentar dar o nosso
melhor, essa é a nossa parte do acordo.
No meu ponto de vista aquilo
que deve mudar em nós é aumentarmos o nosso conhecimento, a nossa procura e
pesquisa pois existindo tanta informação acerca destas crianças e das suas
características, quanto mais informação tivermos do nosso lado servirá
certamente de grande ajuda sempre que acontecerem situações mais delicadas fora
do entendimento do dito comportamento normal.
Existem certos padrões da
antiga educação tradicional que dificilmente servirão ou sequer se adaptam a
estas novas crianças.
Tenho um exemplo muito
simples e muito comum que acontece frequentemente que é o dar ordens, não é
fácil simplesmente dar uma ordem e esperar ser obedecido por uma destas
crianças. Podemos experimentar gritar autoritariamente e até obrigar ou forçar,
mas a verdade é que para além do momento de tensão criado, nenhuma das partes
sairá totalmente satisfeita.
O que é importante saber e
que simplifica tanto qualquer ordem é que com estas crianças tudo deve ser
negociado ou explicado, e acreditem, digo mesmo tudo.
Quando falo em negociar
refiro-me em explicar à criança uma razão lógica para ela concordar que de
facto a ordem dada faz sentido, não por ser uma imposição mas por concordar e
entender que tem lógica.
Um bom exemplo para essas
negociações que me aconteceu com o meu filho foi o famoso: “vai arrumar o teu
quarto”, logicamente com essa ordem directa ele nem se mexeu do lugar, mas
antes de me enervar, gritar ou insistir decidi negociar com ele da seguinte
forma: “sabes filho, como tens os teus brinquedos espalhados pelo quarto
podemos pisar um deles, e até parti-lo e depois ficas triste porque o brinquedo
está estragado. E podes também magoar-te no pé se pisares o brinquedo e pode
fazer sangue e depois temos que ir para o hospital…para evitar partir os
brinquedos e até fazer o dói-dói não achas que era melhor colocarmos os
brinquedos nos seus lugares e assim a próxima vez que vieres brincar além de
saberes onde está cada um não estarão partidos nem estragados, o que achas? E
claro que a resposta foi positiva, concordou em começar de imediato a arrumar o
quarto e pediu a minha ajuda para ser mais rápido mas entendeu a lógica e
obedeceu sem discussões ou birras.
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