O meu filho tem revelado ao
longo do tempo que tem diferentes capacidades mediúnicas, uma das que me
apanhou de surpresa e me deixou a pensar foi a capacidade de ver o coração da pessoa.
Certo dia estávamos em casa
nas nossas rotinas, tínhamos acabado de chegar da escola, e por algum motivo
que não me recordo nesse dia eu estava especialmente irritada.
Estava com a
sensação que ao mínimo toque eu explodiria em discussão acesa, e claro que isso
acabou por acontecer… o filhote fez uma asneira normal de criança que acabou
por me tirar do sério e como já estava em ponto de ebulição e comecei a
discutir com o miúdo.
Depois de me deixar pôr tudo
cá para fora ele olhou para o meu peito e com uns olhinhos tristes disse as
seguintes palavras:
- Mãe… o teu coração está
tão pequenino, não podes estar zangada mãe senão o teu coração fica assim
pequenino. – e mostrou-me com as mãos dele o suposto tamanho que o meu coração
teria naquele momento de raiva e discussão, era do tamanho de uma azeitona!
Naquele momento fiquei tão
apanhada de surpresa e perplexa que a raiva subitamente desapareceu como se de
areia a fugir pelos dedos se tratasse.
Sorri e disse: - Pronto,
então vamos fazer as pazes para o meu coração voltar a ficar grande, pode ser?
Demos um longo abraço
regenerador e perguntei-lhe como estava o meu coração ao que ele com um grande
sorriso respondeu: - Está grande e lindo mãe, olha agora está assim, enorme… -
e mostrou-me com as mãos que o meu coração estava do tamanho de todo o meu
tronco e segundo ele com uma cor vibrante e cheia de brilho.
Depois em modo
professorzinho explicou-me que para tirar aquela raiva de nós só temos que rir,
rir com vontade e sorrir e assim o coração não diminui.
É fantástico o poder que
esta visão teve sobre mim em segundos, e penso como seria maravilhoso se todos
tivéssemos essa capacidade, a capacidade de ver o coração uns dos outros em
cada momento, quem sabe se o mundo não seria diferente, certamente seria um mundo
mais consciente! Questiono-me se aquela pessoa sisuda que passa o tempo zangada
com a vida se ia sentir confortável sabendo que tinha sempre um coração
pequenino!
E também imagino o contrário,
se será que vendo nós corações lindos e enormes noutras pessoas, mesmo naquelas
que por vezes por algum motivo não gostamos muito, será que o facto de vermos
nelas um lindo coração enorme e resplandecente não mudaria a nossa forma de as
ver?
Questiono-me se esta
capacidade maravilhosa que o meu filho me deu a conhecer não ajudaria a
aumentar o amor incondicional em cada um de nós?
Curioso pensar nestas
possibilidades, e mais curioso ainda é constatar que esta característica que
acredito que seja algo normal para uma criança cristal, seja mais uma
ferramenta com que estas crianças vêm munidas para ensinar a todos os que os
rodeiam o que é o amor incondicional.
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