Uma das características que
me tenho vindo a aperceber ao longo do tempo é que estas crianças têm a capacidade
de ver e sentir a energia das outras pessoas com a maior das facilidades.
Conseguem ver a cor da aura, se a pessoa vem acompanhada por outros seres, por
vezes os sentimentos ou emoções, se são boas pessoas (no ponto de vista de uma
criança claro está) e por último se a energia da outra pessoa é semelhante à deles. Eles reconhecem-se entre eles assim como também desmentem logo caso
alguém falsamente insinue que também é cristal ou que também vê anjos etc.
Em certa ocasião fui a umas
bombas de combustível para lavar o carro na lavagem automática. Como era
inverno e estava desagradável na rua optei por permanecer dentro do carro
durante todo o percurso junto com o filhote.
No final da lavagem veio um
rapaz novo, que pelo aspecto deduzi que fosse filho dos donos da gasolineira,
com um pano de camurça para passar nos vidros. Eu não dei importância ao rapaz
até o meu filho comentar com ar feliz: “olha mãe este menino é como eu!” – Perguntei
o que queria dizer com isso ao que ele respondeu que o menino também falava com
os anjos e conseguia vê-los.
Fiquei entusiasmada com a
informação, que bom que seria poder trocar impressões com um miúdo já crescido
que talvez me pudesse ensinar ou até explicar como algumas coisas funcionam no “mundo”
deles.
Perguntei ao meu filho se podíamos falar com o menino e dizer-lhe que sabíamos
que ele via anjos e que eles eram iguais etc, ao que o meu filho respondeu logo
um grande não e quando lhe perguntei porquê? Respondeu: - Não mãe, não podemos
dizer nada, ele vai ficar zangado porque ele não quer que ninguém saiba.
Aceitei a explicação que me foi dada mas ainda assim olhei para o rapaz algumas
vezes para ver se percebia algo de diferente nele. De facto ele trabalhava com
um sorriso no rosto que resplandecia num dia tão cinzento como o que estava,
mas para além disso, não consegui ver nada com a clareza que o meu filho
conseguia ver.
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