quinta-feira, 30 de março de 2017

O menino que também vê anjos


Uma das características que me tenho vindo a aperceber ao longo do tempo é que estas crianças têm a capacidade de ver e sentir a energia das outras pessoas com a maior das facilidades. Conseguem ver a cor da aura, se a pessoa vem acompanhada por outros seres, por vezes os sentimentos ou emoções, se são boas pessoas (no ponto de vista de uma criança claro está) e por último se a energia da outra pessoa é semelhante à deles. Eles reconhecem-se entre eles assim como também desmentem logo caso alguém falsamente insinue que também é cristal ou que também vê anjos etc.

Em certa ocasião fui a umas bombas de combustível para lavar o carro na lavagem automática. Como era inverno e estava desagradável na rua optei por permanecer dentro do carro durante todo o percurso junto com o filhote.

No final da lavagem veio um rapaz novo, que pelo aspecto deduzi que fosse filho dos donos da gasolineira, com um pano de camurça para passar nos vidros. Eu não dei importância ao rapaz até o meu filho comentar com ar feliz: “olha mãe este menino é como eu!” – Perguntei o que queria dizer com isso ao que ele respondeu que o menino também falava com os anjos e conseguia vê-los.

Fiquei entusiasmada com a informação, que bom que seria poder trocar impressões com um miúdo já crescido que talvez me pudesse ensinar ou até explicar como algumas coisas funcionam no “mundo” deles. 
Perguntei ao meu filho se podíamos falar com o menino e dizer-lhe que sabíamos que ele via anjos e que eles eram iguais etc, ao que o meu filho respondeu logo um grande não e quando lhe perguntei porquê? Respondeu: - Não mãe, não podemos dizer nada, ele vai ficar zangado porque ele não quer que ninguém saiba. 
Aceitei a explicação que me foi dada mas ainda assim olhei para o rapaz algumas vezes para ver se percebia algo de diferente nele. De facto ele trabalhava com um sorriso no rosto que resplandecia num dia tão cinzento como o que estava, mas para além disso, não consegui ver nada com a clareza que o meu filho conseguia ver.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Ela é mentirosa!!


Sempre tive algum cuidado sobre quem podia ou não saber que o meu filho era uma criança cristal. Não queria sujeita-lo a perguntas infindáveis ou julgamentos discriminatórios. Como percebi que o meu filho apenas falava no assunto quando ele próprio sabia que podia falar então deixava esse momento e escolha para ele fazer. 

O maior exemplo que tenho desse comportamento é que ele não falava de nada quando o pai estava presente, e uma vez perguntei-lhe se podia contar alguns acontecimentos ao pai e ele impediu-me dizendo que ele ia achar que eu estava maluca. Então por decisão minha nem a própria família como as tias e avós sabiam destas características do meu filhote.

Acontece que outra característica das crianças cristal é a honra de dizer sempre a verdade, não se pode mentir a uma criança cristal, nem sequer aquelas mentiras sobre o pai natal ou a fada dos dentes, pois no dia que eles descobrem que mentimos perdem total confiança no adulto e ficam ofendidos. Mais à frente contarei a forma como contornei a existência do Pai Natal e da fada dos dentes.

Mas retomando o assunto por vezes acontecem situações que não podemos de forma alguma controlar. De vez em quando a avó do meu filhote vai busca-lo à escola e fica com ele até a hora de eu o ir buscar. A avó sendo frequentadora da igreja local de vez em quando tem em casa o oratório de Nossa Senhora de Fátima, o qual fica em casa durante uma semana e nesses dias a pessoa acende uma vela e reza o terço junto da imagem.
Imagem de um Oratório 


Sendo o meu filho tão amigo da mãe de Jesus como ele costuma dizer, claro que a imagem lhe chamou a atenção e perguntou à avó por que ela tinha ali a mãe de Jesus? A avó explicou que era Nossa Senhora de Fátima e que tinha sido a igreja a emprestar. 

Nesse dia quando fui buscar o meu filhote,  dentro do carro ele gritava indignado e zangado: “mãe, a avó é maluca, e ainda por cima é mentirosa” – eu quase comecei a rir pela forma como ele se expressava zangado e com calma perguntei-lhe porque dizia isso, o que tinha acontecido? Ao que ele respondeu: então a avó tem na sala a mãe de Jesus e ela disse que ela se chama Fátima mas é mentira mãe, ela é mentirosa porque toda a gente sabe que a mãe de Jesus se chama Maria – nesse momento a minha vontade de rir era ainda maior mas controlei o riso e expliquei-lhe que a avó não era mentirosa, expliquei que em Fátima foi uma terra em que a mãe de Jesus apareceu muitas vezes e construíram-lhe lá uma casa para ela e por isso dizem que é a Nossa Senhora de Fátima mas que ela se chama Maria. Ele aliviado fez um grande ahhhhhh e pediu-me para eu explicar isso à avó para ela aprender pois ela não percebe nada! (risos)

terça-feira, 21 de março de 2017

A alma do cão


Temos um cão que eu digo que foi co-criado pelo meu filho. Num dia quente em Agosto, eram férias de verão, estávamos os dois a preguiçar na cama enquanto assistíamos a um daqueles programas sobre veterinários e animais domésticos. Motivado pelo programa o meu filhote lamenta que adorava ter um cão e começa a pedinchar insistentemente para irmos a uma loa de animais comprar um cão: por favor… por favor… por favor… e beicinho a acompanhar

Passado algumas horas fui verificar a caixa do correio na rua e vejo que está um cão encostado ao portão que mal me vê faz uma recepção e uma festa tal como se eu fosse a dona dele. Fiquei com pena pois estava imenso calor, quase não havia sombras e ele devia ter sede ou até fome. Fui buscar água para lhe dar e alguns restos que tinha no frigorífico.

Nessa tarde fui dar um passeio com o filhote e quando regressámos a casa lá estava o cão à nossa espera com uma grande recepção de alegria tal como se fossemos os donos, e foi ficando dia após dia até que decidi dar-lhe um lar.

Foi um cão abandonado que veio de alguma forma encaminhado até à nossa porta, numa zona com centenas de moradias ele escolheu a nossa.

Sendo ele um cão meigo e educado percebi que o podia libertar na rua de vez em quando para ele dar uma volta uma vez que moro numa zona calma com áreas de relva e árvores bem perto, e ele lá dava uma volta ao quarteirão sozinho e regressava sempre feliz pelo passeio.

Num desses passeios aconteceu algo menos bom, a zona é calma e passam poucos carros pois só passa pela urbanização quem realmente mora lá mas num desses passeios ele foi atropelado por um carro, levou uma pancada ligeira mas o suficiente para criar fissuras em duas partes de uma das patas dianteiras. Ele conseguiu andar na mesma e chegou a casa a coxear e visivelmente magoado. 

Esse acidente obrigou-me a ir várias vezes ao veterinário para ir mudando as talas e ele teve que usar um colarinho tipo funil para o impedir de lamber ou remover os pensos, ainda demorou uns meses com os tratamentos. Sempre que podia ia ao veterinário na hora de almoço mas por vezes só podia ao fim do dia e nesses casos levava o meu filhote comigo.

Num dia no regresso a casa após um dia de escola o meu filho diz-me: “sabes mãe, ontem falei com a alma do cão”
- Ai sim?!! – comentei eu surpresa e o que te disse a alma dele?
- Bem, não foi bem falar, foi mais em pensamento, como se eu entrasse na cabeça do cão e ele disse: “estou tão triste”, “a minha pata dói tanto”, “quando chega a minha dona?”

Se de facto é real que somos todos um e que estamos todos ligados, então sim faz todo sentido, no fundo é uma comunicação de emoções via telepática, e é fantástica esta capacidade de comunicação entre o homem e o animal.

domingo, 12 de março de 2017

Atenção aos sonhos


Muita gente pode pensar que nunca sonha ou simplesmente nunca se recordam dos sonhos porque estavam tão cansados que ao deitar se desligam até ao acordar e não se lembram de nada.

A verdade é que toda a gente sonha, enquanto dormimos a nossa mente entra em estados de transe de diferentes estágios e viaja mesmo que não nos lembremos de nada ao acordar.

Sempre prestei muita atenção aos meus sonhos e posso dizer que tive imensas experiências que mais tarde vim a validar com informações de conexão ao outro lado e inclusive sonhos premonitórios.

Desde muito cedo que habituei o meu filhote a contar-me os sonhos dele logo ao acordar, de tal forma que muitas vezes as primeiras palavras dele ao acordar são: “mãe, sabes o que sonhei?”.

 me contou sonhos tão descritivos sobre realidades que ninguém lhe ensinou que só considero serem possíveis se os encararmos como tendo sido uma viagem astral, tal a riqueza de lugares que ele descreve sem nunca ter lá estado pelo menos fisicamente nesta vida.
Mas um factor que considero bem curioso é que estas crianças viajam mesmo e tendo em conta que até aos 7 anos de idade a criança está energicamente ligada à energia da mãe pode acontecer a mãe e filho viajarem em conjunto astralmente durante os sonhos.

Esta foi mais uma experiência que vivi com o meu filhote.

De vez em quando tenho sonhos bem vivos e marcantes, e são tão intensos que nunca mais os esqueço, não memorizo o sonho inteiro mas há sempre aquela parte do sonho que me deixa a pensar se seria mesmo um sonho ou se havia ali algo mais. Devido à frequência com que tenho estes sonhos criei o hábito de tomar notas num diário de sonhos para poder assim consultar e posteriormente recordar pormenores que considero importantes.

Certa noite sonhei com uma cobra gigante totalmente branca, tinha a cabeça maior que a de um humano e estava semi-levantada perto de mim porque queria falar ou conversar comigo. 
Eu como na vida real tenho fobia a cobras, no meu sonho estava cheia de medo então tinha um pau, do tamanho do cabo de uma vassoura que utilizava para desviar a cabeça da cobra para mais longe de mim. Mas a cobra queria mesmo falar comigo e insistia “educadamente”, diga-se de passagem que tinha uma excelente dicção e um vocabulário bem rico. Como o meu pau era demasiado curto e como eu não conseguia afastar a cobra no meu sonho pedi ao meu filho para procurar um pau maior pois com aquele eu não conseguia afasta-la e entretanto acordei.

De manhã estava ainda a pensar no sonho e quando o meu filho acorda viu-me com uma cara estranha e perguntou-me com o que eu tinha sonhado. Comecei a contar-lhe sobre a cobra e o tamanho do pau que não era suficiente ao que ele me diz: eu sei mãe eu fui procurar um pau maior porque aquele era pequeno…

E acho que não preciso dizer mais nada, fiquei mais uma vez fascinada com esta informação, mais uma descoberta sobre as capacidades tão ilimitadas destas crianças.


Ainda assim ousei fazer algumas perguntas para validar que ele tinha estado lá e sim, de facto descreveu-me a cobra, a cor, o tamanho o meu medo, ela a falar tudo tal e qual como eu sonhara.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Adaptar a educação negociando

Crianças cristal, índigo, diamante, arco-íris ou seja de que género for, existe uma grande responsabilidade por parte dos pais e educadores de lhes proporcionarmos as melhores condições para uma educação equilibrada.

Quando os pais começam a aperceber-se que os seus filhos possuem características diferentes e posteriormente conseguem identificar se são crianças cristal ou outro tipo muitas vezes se levanta a questão de “E agora? O que é suposto eu fazer?”

A verdade é que não muda em nada aquilo que como pais é suposto fazermos. Trata-se da educação de uma criança, e como educadores devemos tentar passar os nossos valores, os valores que de alguma forma nos foram passados e claro devemos tentar dar o nosso melhor, essa é a nossa parte do acordo.

No meu ponto de vista aquilo que deve mudar em nós é aumentarmos o nosso conhecimento, a nossa procura e pesquisa pois existindo tanta informação acerca destas crianças e das suas características, quanto mais informação tivermos do nosso lado servirá certamente de grande ajuda sempre que acontecerem situações mais delicadas fora do entendimento do dito comportamento normal.

Existem certos padrões da antiga educação tradicional que dificilmente servirão ou sequer se adaptam a estas novas crianças.

Tenho um exemplo muito simples e muito comum que acontece frequentemente que é o dar ordens, não é fácil simplesmente dar uma ordem e esperar ser obedecido por uma destas crianças. Podemos experimentar gritar autoritariamente e até obrigar ou forçar, mas a verdade é que para além do momento de tensão criado, nenhuma das partes sairá totalmente satisfeita.

O que é importante saber e que simplifica tanto qualquer ordem é que com estas crianças tudo deve ser negociado ou explicado, e acreditem, digo mesmo tudo.

Quando falo em negociar refiro-me em explicar à criança uma razão lógica para ela concordar que de facto a ordem dada faz sentido, não por ser uma imposição mas por concordar e entender que tem lógica.


Um bom exemplo para essas negociações que me aconteceu com o meu filho foi o famoso: “vai arrumar o teu quarto”, logicamente com essa ordem directa ele nem se mexeu do lugar, mas antes de me enervar, gritar ou insistir decidi negociar com ele da seguinte forma: “sabes filho, como tens os teus brinquedos espalhados pelo quarto podemos pisar um deles, e até parti-lo e depois ficas triste porque o brinquedo está estragado. E podes também magoar-te no pé se pisares o brinquedo e pode fazer sangue e depois temos que ir para o hospital…para evitar partir os brinquedos e até fazer o dói-dói não achas que era melhor colocarmos os brinquedos nos seus lugares e assim a próxima vez que vieres brincar além de saberes onde está cada um não estarão partidos nem estragados, o que achas? E claro que a resposta foi positiva, concordou em começar de imediato a arrumar o quarto e pediu a minha ajuda para ser mais rápido mas entendeu a lógica e obedeceu sem discussões ou birras.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Diz “Obrigada”, mãe!

Tenho por hábito sempre que vou sair de casa com o carro, de fazer uma oração, onde á minha maneira peço protecção para ir em segurança a todos os lugares onde tenho que ir e para regressar em segurança a casa eu e o meu filhote, e claro agradeço sempre o dia e todas as coisas pelas que sou grata.

Normalmente quando vou levar o filhote à escola ele fica sentado na cadeira dele no banco de trás e eu à frente ao volante tenho a minha conversa privada com Deus em pensamento. O meu filho nesses momentos está sempre silencioso, de tal forma que um dia me passou pela cabeça se ele conseguiria ouvir a minha conversa, tendo em conta que uma das características das crianças cristal é a comunicação por telepatia pensei que ele poderia estar de facto a ouvir a minha conversa, então decidi perguntar-lhe directamente ao que ele respondeu no tom de “claro que sim!” com um – sim mãe consigo ouvir.

Aceitei a resposta mas fiquei desconfiada, como criança poderia estar apenas a reagir como o normal da idade dele, assunto encerrado e segui caminho.

Passado aproximadamente uma semana, estávamos os dois no carro a preparar para sair, ele na cadeira dele e eu ao volante, e estávamos um pouco atrasados pelo que tive uma “conversa com Deus” mais rápida que o habitual e liguei logo o carro e arranquei. Após uns segundos ouço o meu filho dar-me a seguinte ordem: - diz obrigada, mãe!

Eu sem entender nada perguntei porquê? Ao que ele respondeu: - Porque tu quando falas com Jesus dizes sempre obrigado, mas hoje esqueceste! Por isso tens de dizer! Diz “obrigada” mãe, diz…

Se eu tinha dúvidas deixei de as ter na hora! Como podia ter duvidado! Fico cada vez mais maravilhada com as capacidades que estas crianças têm e a forma como conseguem ler-nos a mente ao ponto de nos deixarem sem palavras!


Ainda dentro deste contexto houve uma outra vez em que eu estava ao volante com o filhote atrás a preparar-me para fazer a tal oração ou “conversa” com Deus e pedir protecção quando antes mesmo de eu começar a oração ele me interrompeu e disse-me: - Mãe deixa que eu falo com Jesus que ele ouve-me melhor a mim, e a minha voz é mais forte. – eu aceitei a sugestão e respondi-lhe que estava bem mas que ele tinha de pedir para Jesus nos proteger para não termos acidentes e irmos em segurança e ser um dia muito bom, ao que ele responde: - eu sei mãe… - e lá fechou os olhinhos com muita força como se estivesse a rezar e passado uns minutos disse: - Pronto à está mãe, ele ouviu, podemos ir… - e assim foi, arranquei e o dia correu especialmente bem.

terça-feira, 7 de março de 2017

O tamanho do coração

O meu filho tem revelado ao longo do tempo que tem diferentes capacidades mediúnicas, uma das que me apanhou de surpresa e me deixou a pensar foi a capacidade de ver o coração da pessoa.

Certo dia estávamos em casa nas nossas rotinas, tínhamos acabado de chegar da escola, e por algum motivo que não me recordo nesse dia eu estava especialmente irritada. 
Estava com a sensação que ao mínimo toque eu explodiria em discussão acesa, e claro que isso acabou por acontecer… o filhote fez uma asneira normal de criança que acabou por me tirar do sério e como já estava em ponto de ebulição e comecei a discutir com o miúdo.

Depois de me deixar pôr tudo cá para fora ele olhou para o meu peito e com uns olhinhos tristes disse as seguintes palavras:
- Mãe… o teu coração está tão pequenino, não podes estar zangada mãe senão o teu coração fica assim pequenino. – e mostrou-me com as mãos dele o suposto tamanho que o meu coração teria naquele momento de raiva e discussão, era do tamanho de uma azeitona!

Naquele momento fiquei tão apanhada de surpresa e perplexa que a raiva subitamente desapareceu como se de areia a fugir pelos dedos se tratasse.

Sorri e disse: - Pronto, então vamos fazer as pazes para o meu coração voltar a ficar grande, pode ser?

Demos um longo abraço regenerador e perguntei-lhe como estava o meu coração ao que ele com um grande sorriso respondeu: - Está grande e lindo mãe, olha agora está assim, enorme… - e mostrou-me com as mãos que o meu coração estava do tamanho de todo o meu tronco e segundo ele com uma cor vibrante e cheia de brilho. 
Depois em modo professorzinho explicou-me que para tirar aquela raiva de nós só temos que rir, rir com vontade e sorrir e assim o coração não diminui.

É fantástico o poder que esta visão teve sobre mim em segundos, e penso como seria maravilhoso se todos tivéssemos essa capacidade, a capacidade de ver o coração uns dos outros em cada momento, quem sabe se o mundo não seria diferente, certamente seria um mundo mais consciente! Questiono-me se aquela pessoa sisuda que passa o tempo zangada com a vida se ia sentir confortável sabendo que tinha sempre um coração pequenino!

E também imagino o contrário, se será que vendo nós corações lindos e enormes noutras pessoas, mesmo naquelas que por vezes por algum motivo não gostamos muito, será que o facto de vermos nelas um lindo coração enorme e resplandecente não mudaria a nossa forma de as ver?

Questiono-me se esta capacidade maravilhosa que o meu filho me deu a conhecer não ajudaria a aumentar o amor incondicional em cada um de nós?


Curioso pensar nestas possibilidades, e mais curioso ainda é constatar que esta característica que acredito que seja algo normal para uma criança cristal, seja mais uma ferramenta com que estas crianças vêm munidas para ensinar a todos os que os rodeiam o que é o amor incondicional.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Mensagens de Jesus

Já me disseram que Jesus é um dos guias do meu filho, e a verdade é que sem eu nunca lhe ter incutido nada a seu respeito ele sempre teve uma adoração especial tanto por Jesus como pela sua mãe.

Ele não fala frequentemente sobre Jesus, mas se lhe perguntarmos algo parece como se ele entrasse noutro nível ou dimensão voltando passado uns segundos para o que chamo de “modo criança”.

Uma vez perguntei-lhe se ele tinha falado com Jesus ultimamente e ele primeiro olhou para baixo encarando o chão, depois levantou um olhar profundo olhando directamente para os meus olhos e disse: Jesus, mãe? Jesus é amor…

Foi de tal forma a intensidade daquele momento que nem me atrevi a dizer mais nada e passado uns segundos lá estava ele a brincar normalmente como se nada tivesse acontecido.

Numa outra vez voltei a perguntar se ele tinha falado com Jesus recentemente ao que ele acenou um sim com a cabeça. Perguntei se me podia contar o que tinham falado e ele: queres saber o que Jesus disse mãe? Jesus disse que eu, tu, o pai… nós somos o Amor… e o Amor é a família. A família é amor. Temos que dar amor aos nossos amigos, às avós, aos pais… e isso é o Amor…

Mais uma vez a profundidade da mensagem mexeu comigo principalmente por vir de uma criança tão pequena apesar de saber que vinha de uma fonte muito maior.

Depois para completar perguntei se também tinha falado com a mãe de Jesus e ele em tom de “claro que sim” respondeu: a Mãe de Jesus foi quem enviou os anjos para a nossa casa para eles cuidarem de nós.


Depois de alguns livros e textos sobre este assunto percebi que tinha muita lógica o que ele me estava a dizer uma vez que Maria é considerada a Rainha dos Anjos.

domingo, 5 de março de 2017

O homem mau e seus disfarces

Existe uma característica importante nas crianças cristal que mais cedo ou mais tarde acaba por se manifestar. No meu caso foi bem cedo mas como acredito que nada acontece por acaso provavelmente aconteceu na altura certa.

A dada altura apercebi-me que o meu filho falava do ferry num tom menos bom, como se o ferry fosse mau e não fosse um anjo. E esta mudança coincidiu com outras visões que o meu filho começou a ter e que com a mesma credibilidade que quando ele falava nos anjos começou a ter medo e a descrever outros seres que iam ter ao quarto dele à noite.

A frequência era tanta que ele começou a ter medo do escuro e não queria dormir sozinho no quarto dele. Eu tinha que me deitar com ele até ele adormecer ou então ele vinha deitar-se na minha cama.

Uma noite ele via uma menina escondida por trás do cortinado, na noite seguinte era um menino por baixo da secretária, outra noite era um homem todo de preto muito alto e o meu sinal de alarme foi quando ele descreveu a tremer um monstro com chamas na cabeça.

Acreditando desde sempre na veracidade da capacidade de visão do meu filho nunca duvidei que ele estava mesmo com medo e que a nossa casa se tinha transformado num local de passagem para todo o tipo de entidades.

Algo importante que fiquei a saber na altura era que como cristal o meu filho tinha uma luz muito forte e esta luz atraía entidades como se se tratasse de uma vela a iluminar um caminho escuro. 

Eu tinha mesmo que aprender a fazer algo para conseguir proteger o meu filho. Como não sabia o que fazer a minha intuição dizia-me para rezar e pedir a Deus para encaminhar aquelas almas e sobretudo para as afastar do meu filho para ele poder dormir em paz. 

Com o passar do tempo a minha mediunidade foi desenvolvendo e comecei a sentir e ouvir as presenças mesmo antes do meu filho me dizer que ali estavam. Hoje sinto que foi uma sincronicidade nos acontecimentos onde a minha vontade de proteger a minha casa e o meu filho me foi mostrando os meios por onde eu devia ir de forma a evoluir e claro está, com empurrões tão grandes que apressaram tudo para um ritmo alucinante de acontecimentos e desenvolvimento.

Foi mais ou menos neste seguimento que surgiu o pior período da minha vida, mas talvez um período necessário onde aprendi tanto sobre o outro lado.

Começou a ser frequente o meu filho falar no “homem mau” como estando presente em nossa casa, e o mais assustador era que já não aparecia só de noite, também se manifestava durante o dia de várias formas.

Num feriado aproveitei que não ia trabalhar e combinamos ir visitar o meu pai cuja casa ficava a meio do caminho entre o trabalho do meu ex-marido e a nossa casa. Ainda eram cerca de 300 km que tive que percorrer conduzindo sozinha com o filhote.

Partimos de manhã bem cedo para aproveitar o dia e partimos já de noite cada um de regresso a sua casa. Mais ou menos a meio do percurso o meu filho pediu-me para desligar a música porque queria falar comigo.

Desliguei o rádio e disse que podia falar. Ele com uma voz algo preocupada disse: Sabes mãe o ferry está triste… perguntei se o ferry estava ali connosco na carrinha e ele disse que não, que estava em casa no quarto dele. Então perguntei por que motivo o ferry estava triste e ele respondeu: porque ele tem um dói-dói na barriga... na altura não percebi como era possível isso acontecer com um anjo e fiquei ainda mais impressionada com a necessidade que ele teve de me contar essa informação quase ás 22h a caminho de casa e de que forma conseguia ele captar essa informação num dia em que passámos o tempo todo a quilómetros de distancia da nossa casa! Era estranho e não percebi.

Passado uns dias perguntei ao meu filho se o ferry ainda tinha dói dói e ele reagiu mal dizendo: chô ferry chô… vai embora ferry…
Quando questionei porque estava a dizer isso foi quando percebi o que estava a acontecer. O homem mau por vezes disfarçava-se com a aparência daquilo que o meu filho identificava como ferry para o enganar e estar mais próximo dele. Percebi que quando o ferry acordou o meu filho tocando-lhe na cara não foi o anjo e sim a entidade disfarçada por isso ele ficou tão zangado e revoltado. 

E também foi nesta altura que ele deixou de falar do ferry porque provavelmente como mecânica de defesa ele começou a fazer a distinção entre anjos e maus. Foi quando ele começou a usar o nome anjo para os seres de luz e sempre que eu lhe perguntava sobre o ferry ele dizia muito rapidamente: chô ferry chô… já foi embora mãe…


Também fiquei a perceber que fazia sentido o facto de eu começar a ouvir e a sentir as presenças menos boas uma vez que isso dificultou que se pudessem disfarçar ou que tentassem enganar tanto a mim como ao meu filho. 

A energia de amor que se sente na presença dos anjos não se compara ao frio e incómodo que se sente na presença de “maus”. A minha intuição foi-se apurando com o passar do tempo e isso fez com que eu continuasse a minha investigação e procura de conhecimentos sobre o que poderia eu fazer para proteger a minha casa e o meu filho.

A ligação do meu filho com Jesus

Fui criada e educada como católica, sou batizada e tenho a primeira comunhão, casei pela igreja e acredito em Deus, apesar de tudo considero-me mais espirita que católica por vários motivos que não vale a pena comentar senão fugiria do tema deste livro uma vez que teríamos pano para mangas.

Sendo o meu filhote tão pequenino nunca falei com ele nada sobre Jesus nem sobre a mãe dele como ele amorosamente chama à Virgem Maria, eram temas de conversa que pensava ter um dia mais tarde, nunca defini bem quando mas nada disso foi necessário.

Em 2011 com a minha contínua curiosidade por todas as temáticas espirituais e dada a proximidade do tão falado 2012, uma amiga emprestou-me um livro sobre as Mensagens de Maria, que descreve algumas mensagens e avisos de Maria sobre catástrofes e tsunamis e terramotos que ocorreriam no final dos tempos de tal forma que passei a ter imensos pesadelos com tsunamis e até me arrependi de ter lido o livro. 

Este episódio não teria importância alguma não fosse uma vez mais o meu filho ter-me surpreendido com o conhecimento e capacidade dele fora da nossa compreensão.


Passado uns bons meses de ter lido o livro estava eu deitada na cama com o meu filhote, sim confesso que quando o pai não estava gostava de dormir abraçadinha ao meu pequeno, estávamos no ritual a preparar para apagar tudo para dormirmos uma vez que levantavamos sempre bem cedo e nisto não sei bem porquê ele pediu-me para lhe dar “aquela pulseira” que tinha na mesa-de-cabeceira. 

Trata-se de uma pulseira dezena que tenho num cestinho pequeno junto com alguns cristais sobre a mesa-de-cabeceira. Peguei na dezena e perguntei se era isso que ele queria ao que ele disse que sim. Segurou na dezena e mexendo na cruz perguntou-me como se chamava o menino que estava na cruz. Respondi que era Jesus e ele olhando com atenção para a cruz disse-me: “sabes mãe, Jesus está triste!” Perguntei porque dizia isso ao que ele respondeu: “está triste porque tu estás zangada com a mãe dele…” fiquei sem palavras, em segundos passou-me pela cabeça que o único motivo que poderia levar o meu filho a fazer esse comentário era pelo tal livro que li e não gostei, apesar de ele ter dois anos, não saber ler e muito menos poderia saber que eu tinha lido um livro que não tinha gostado! Então resolvi explicar-lhe que eu não estava zangada, apenas tinha lido um livro que não tinha gostado mas que já me tinha passado porque tinha sido há muito tempo e que não estava mesmo zangada com a mãe de Jesus porque gostava muito dela. Após esta explicação ele olhou para mim e disse que assim estava melhor e que Jesus já estava mais contente comigo!!! Incrível!

sábado, 4 de março de 2017

Recadinhos III



Uns meses mais tarde, eu estava uma vez mais no carro com o meu filho sentado na sua cadeirinha atrás. 

Nesse dia eu tinha mesmo tido uma pequena discussão e apesar de tentar manter a aparência calma e normal por fora para não alarmar o meu pequeno, por dentro decorria uma discussão daquelas na minha cabeça: “devia ter dito assim… devia ter dito aquilo…” e de repente sou interrompida por uma grande gargalhada do meu filho, que continuou a rir como se alguém lhe estivesse a fazer cocegas ou algo do género. 

Como nesta altura tinha o carro parado olhei para trás admirada com tamanha risada e perguntei o que tinha acontecido, porque estava ele a rir assim!? Ao que ele me respondeu que era o meu anjo que supostamente estaria à minha direita no lugar do pendura que estava a fazer-lhe caretas engraçadas para o fazer rir, e devia ser mesmo muito engraçado porque o meu filho não parava de rir, mal conseguia falar para me explicar como eram essas caretas. 

Uma vez mais percebi que o meu anjo estava a intervir para cortar o meu pensamento, no fundo é o que todos os anjos da guarda fazem quando olham por nós, querem ver-nos felizes, a única diferença a meu favor é que mesmo sem os conseguirmos ver ou ouvir eu tenho o meu mensageiro privado que os consegue ver e ouvir perfeitamente e que eles usam para intervir destas formas subtis sempre que necessário. Não é maravilhoso?!

Recadinhos II

Era de tarde e estava a conduzir o meu carro com o filhote sentado atrás na sua cadeirinha. Nesse dia eu estava especialmente triste porque estava a pensar em certos aspectos do meu relacionamento com o meu então marido e sentia alguma angústia, naqueles momentos em que questionamos se estamos no caminho certo, se somos felizes, se vale a pena, enfim! Por dentro estava num mar de dúvidas e tristeza mas por fora era a mãe normal atenta à condução e pouco mais. 

Estou no meio deste turbilhão de emoções quando o meu filho que até ali vinha caladinho me diz: “olha mãe, olha aquele arco-íris tão lindo!!!” Eu logicamente olhei mas o céu estava completamente limpo, nem havia nuvens e arco-íris nem vê-lo! 

Perguntei onde estava o arco-íris e ele com o dedinho a apontar para a sua janela dizia: “olha ali mãe, é tão lindo, é mesmo lindo mãe, tens que ver” ele estava tão feliz e entusiasmado a apontar para o arco-íris que não pude deixar de sorrir. 

Só minutos depois percebi que na realidade não havia arco-íris algum, pelo menos não daqueles que nós consigamos ver, mas alguém, provavelmente os anjos, mostraram um arco-íris maravilhoso ao meu filhote para ele interromper os meus pensamentos de tristeza e fazer-me sorrir e ver como estava um dia lindo e no fundo não valia a pena estar a perder tempo com pensamentos que nada acrescentavam de bom ao meu rumo. 

Como podia eu ignorar e não estar feliz num dia de sol tão lindo com a melhor companhia do mundo a meu lado.

Recadinhos dos anjos através do meu mensageiro pessoal - I

Certa noite eu estava deitada na cama a ler um livro sobre anjos enquanto o meu filho brincava no quarto dele um bocadinho antes da hora de deitar. 

Lembro-me de estar deliciada com o livro que estava a ler pois continha informações que faziam sentido com o que eu estava a viver e aprendi mais sobre os maravilhosos anjos. 

Nisto o meu filho entra quarto dentro para me perguntar algo sobre um brinquedo, os habituais “porquês” para tudo e mais alguma coisa, e conforme ele entra no quarto em vez de olhar para mim ficou a olhar para o meu lado como se houvesse alguém ali de pé mesmo á minha direita. 

Ele até fez uma pausa, sorriu ligeiramente quase como se dissesse um olá a esse alguém e só depois olhou para mim e fez a pergunta que o levou até ali. 
Enquanto eu lhe respondia ele ora olhava para mim, ora olhava para o tal espaço vazio a meu lado. 

Perguntei-lhe para quem ele estava a olhar e ele sorriu, então perguntei directamente se estava alguém ali a meu lado e ele respondeu: “é o teu anjo mãe…” e sorriu para ele. Pedi-lhe para descrever o que o anjo estava a fazer e explicou que estava de pé a meu lado a acompanhar a minha leitura, nas palavras do meu filho: “está a ver o teu livro que tás a ler mãe”. 

Senti uma alegria imensa por saber que o meu anjo estava ali comigo mesmo a meu lado, isso explicava as coceguinhas que eu estava a sentir nos cabelos precisamente desse lado minutos antes do meu filho aparecer. 

Na verdade sinto-me privilegiada por obter estas validações de forma tão pura através da pessoa que mais amo na vida que é o meu filho, e achava incrível como era mesmo verdade aquilo que imaginamos que o anjo da guarda nos acompanha e está ao nosso lado a todo momento, até numa simples leitura de um livro.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Uma ajudinha dos anjos

O pai do meu filhote tinha alguns problemas com a coluna sendo frequente ter dores principalmente no fundo das costas, mas naquele dia as dores eram diferentes e bastante fortes o que incomodava bastante e até combinámos ir ao hospital ao fim do dia caso a dor continuasse. 

Eu estava já no trabalho nesse dia e o pai estava em casa com o nosso filhote para passarem um tempinho juntos antes de o levar para a escolinha. Nesta altura eu já tinha conhecimento que o Ferry era um anjo e já tinha comentado com o pai pois considerava uma descoberta tão importante que não queria guardar só para mim. 

O pai telefonou-me para brincarem comigo e para combinarmos a ida ao hospital quando eu chegasse pois as dores não passavam. No seguimento do que eu já lhe tinha contado sobre o ferry aproveitei e disse-lhe, “já que não acreditas no que eu te conto pelo menos tenta perguntar-lhe coisas sobre o ferry para ver se ele te conta a ti”. Ele concordou e com uma voz algo gozona perguntou: “então filho, diz lá onde está o Ferry agora?!” Eu estava do outro lado do telefone, ansiosa pela resposta, e fez-se um momento de silêncio porque o nosso filhote apontou para as costas do pai e respondeu: “o Ferry está aí por trás de ti, pai, está nas tuas costas a ajudar para tirar o teu dói-dói”. E esta foi a última e única vez que o nosso filhote falou sobre o ferry ao pai. De alguma forma ele nesse momento decidiu que não falaria mais destes assuntos com o pai. 

Só com o passar do tempo é que percebi que o meu filho consegue saber com quem pode ou não falar sobre anjos, de alguma forma ele sabe se a pessoa é aberta e se pode ou não confiar. Como o pai continua a ser bastante séptico em relação ao paranormal parei de contar-lhe o que acontecia fora do entendimento dele e continuamos a ter uma vida normal. Na realidade pouquíssima gente sabe que o meu filho consegue ver anjos, exteriormente é uma criança normal com brincadeiras e atitudes próprias da idade dele, a única diferença é que por vezes os anjos participam na nossa vida por intermédio desta criança especial.

Nesta altura eu não precisava de mais provas, estava convencida que o ferry devia mesmo ser um anjo, e era um anjo que cuidava de nós, era incrível como um menino de dois anos conseguia ver e falar tão naturalmente sobre algo tão fora do nosso entendimento e realidade.

Mesmo sem ter qualquer apoio ou compreensão por parte do pai nesse momento decidi que ajudaria o meu filho de todas as formas ao meu alcance para lhe proporcionar uma vida plena e normal dentro do possível. Pairava a dúvida no meu pensamento se deveria falar neste assunto com mais pessoas, se o meu filho contaria a mais alguém que conseguia ver anjos e mais tarde espíritos e até animais fantasma.

Nessa noite como já tínhamos combinado, como as dores não passavam resolvemos ir ao hospital para fazer umas análises e perceber o que provocava as dores. Demos entrada no rastreio das urgências e assim que o pai foi chamado para ir fazer análises como já era algo tarde e para não estar exposta com o nosso filho na sala de espera combinámos que esperaríamos por ele no carro que estava estacionado no parque do hospital num local bem próximo da sala de análises das urgências, ou seja, conseguíamos ver a entrada das urgências e a parede exterior que correspondia ao espaço onde estariam a fazer as análises. 

Estava no carro com um filhote eléctrico que não adormecia nem por nada quando ele olha pela janela, aponta com o dedinho e diz: “está ali o ferry mãe” perguntei onde e ele apontou para o tal espaço onde o pai deveria estar naquele momento e diz: está ali dentro ao pé do pai! Percebi que uma vez mais o anjo da guarda provavelmente do pai estaria a olhar por ele e de alguma forma a tentar aliviar as dores que ele estaria a sentir. 
Por outro lado fiquei perplexa como era possível o meu filho conseguir obter essa informação que significava que ele conseguia ver através da parede do hospital. Com o passar do tempo percebi que a visão do meu filho lhe permite ver num nível fora da nossa compreensão, mas o facto é que em certas circunstancias ele consegue mesmo ver para além de portas e paredes como aconteceu em outros episódios que descreverei mais à frente.

Quem é o Ferry? Um amigo imaginário?

O meu filho tinha cerca de dois anos quando começou a falar mais corretamente, foi nessa altura que começou a falar frequentemente de um tal “ferry”, dizia: “olha o ferry está ali… o ferry disse assim… olha o ferry no corredor a rir…”
Ele até apontava com o dedinho dele para o lugar vazio onde ele dizia que o Ferry estava.
No início não dei importância porque dava no canal para bebés um programa com um coelhinho chamado Harry que ele adorava e na pronuncia dele o Harry era Ferry pelo que me levou a pensar que quando ele falava em Ferry estava a falar do coelhinho.
Começou a chamar-me a atenção quando ele começou a falar repetidamente do que o ferry fazia, dizia ou onde ele estava. Nessa altura pensei que se tratasse do amigo imaginário que qualquer professora reconhece como possível e até vulgar, é algo considerado normal para estas idades principalmente em filhos únicos que tentam arranjar parceiro para as brincadeiras.
E o tempo foi passando sempre com muitas histórias de ferry á mistura até que um dia algo me alarmou. O habitual na minha rotina é eu preparar-me deixando o pequenote dormir mais um pouco e só depois de estar pronta é que o vou acordar para o preparar para a escolinha. Estava eu no banho, com o filho a dormir, quando o pequeno abre as cortinas da banheira para conseguir falar comigo todo zangado e revoltado! Tinha ele cerca de 2 anos. Puxou as cortinas e disse: “mãe eu estava a dormir e o ferry fez assim na minha cara e acordou-me…” não entendi bem, ou não queria acreditar no que ele estava a dizer e pedi para repetir e via-se que ele estava mesmo incomodado. Mostrou-me como o ferry colocou as mãos nas bochechas dele e o apertou acabando por o acordar. Fiquei num misto de surpresa e medo… como era possível o suposto amigo imaginário ter tocado no meu filho ao ponto de o acordar!? Bem se um imaginário tinha mesmo tocado no meu filho não devia ser bem um amigo imaginário, algo se estava a passar. Acalmei o meu filho para ele não ficar irritado nem com medo e expliquei que já estava na hora dele se levantar para irmos para a escolinha e o Ferry só tinha ido acordá-lo.

Nota: como pais e educadores de uma criança cristal é importante não negarmos o que a criança nos está a dizer. Se o fizermos eles acabarão por perder a confiança em nós e deixarão de nos contar aquilo que veem, aquilo que para eles é real apesar de nós não conseguirmos ver. Como podemos dizer a uma criança que o amigo imaginário não existe, que isso é imaginação deles quando eles estão a ver com os olhos deles. Temos que dar o benefício da dúvida e mesmo que não acreditemos devemos deixar em aberto a possibilidade que aquela criança consegue ver algo que nós não conseguimos ver.

Passado uns dias desta ocorrência foi quando fiquei a saber quem na realidade era o Ferry. O meu filho estava a brincar no quarto dele e como é habitual estava a chegar a hora do jantar e o quarto estava uma confusão com brinquedos espalhados pelo chão. Fui dar uma mãozinha, afinal só tinha 2 aninhos, e comecei por pegar numas peças que fazem parte de um livro para as encaixar. Trata-se de um livro de cenários do presépio que tem as várias personagens destacáveis em cartão com as quais podemos brincar ao teatrinho em cada página que se transforma num cenário. Foi nessa altura que estando eu com uma das personagens na mão o meu filho com olhos de surpresa e alegria disse: “olha o ferry, mãe!”. Perguntei onde estava o ferry ao que ele respondeu: “aí na tua mão” quando olhei para a peça que eu tinha na mão foi com um misto de surpresa e entusiasmo que vi que se tratava da personagem que representava o Anjo Gabriel. Perguntei ao meu filho se o Ferry que ele via era assim e ele disse que sim todo contente por finalmente me poder mostrar o Ferry. Foi nesse dia que em parte com algum alívio fiquei a saber que o amigo imaginário do meu filho afinal era um anjo, talvez até o seu anjo da guarda.

Obviamente a partir desse momento fiquei ainda mais interessada por tudo o que se referisse a anjos. Fiz pesquisas e fui comprando todos os livros que encontrava sobre esta temática para de alguma forma tentar perceber melhor até que ponto era possível o meu filho conseguir ver e comunicar com os anjos. No meio da minha procura encontrei um livro que me deu uma grande ajuda na compreensão do que estava a acontecer, esse livro foi o “Anjos nos meus cabelos” da autora Lorna Byrne. Nada como ouvir relatos de uma adulta que consegue ver e comunicar com os anjos naturalmente desde criança para perceber que o que estava a acontecer com o meu filho era especial, mas acima de tudo era normal para estas crianças conhecidas como Cristal.
E a realidade é que depois de este meu despertar as experiências nunca mais pararam, e até aumentaram de frequência sendo até invulgar ter dias em que nada acontecesse.


Nota: O pai do meu filhote é bastante séptico, é de ver para crer. Só mais tarde percebi que por instinto ou algo fora do meu entendimento o meu filho nunca contou episódios nenhuns sobre o ferry ao pai. Na realidade fui a única pessoa a quem ele sempre contou tudo o que acontecia e com quem ele fala destes acontecimentos com naturalidade. 
Imagem do Ferry

Um pouco sobre mim

Nunca pensei escrever um livro e muito menos um livro sobre mim, sobre a minha vida e sobre as minhas experiências. Eu adoro ler e tenho a casa cheia de livros que fui comprando ao longo da vida já desde criança mas confesso que nunca me passou pela cabeça colocar experiências da minha vida num livro.
Estamos sempre a mudar, a realidade de hoje não é a mesma de amanhã, facto que me levou até a um ponto em que sinto necessidade de partilhar com o mundo muitas das experiências pelas quais passei nos últimos anos, para de alguma forma poder ajudar outras pessoas.
Felizmente o mundo está em constante evolução e hoje em dia já se vai falando mais de alguns temas que vou falar neste livro como as crianças índigo e cristal e o contacto com anjos, mas na realidade ainda sinto que não posso falar destes temas abertamente sem ser taxada de louca por algumas mentes mais sépticas, e por outro lado também existem pessoas que vão tendo uma ou outra experiência que podemos chamar paranormal e ficam quase em êxtase quando sentem que alguém as entende sem julgamentos. É nesse sentido que surgiu a minha grande vontade de publicar as minhas experiências, muitas delas tão ricas que seria quase um crime não partilhar com o mundo.
Sempre senti curiosidade pelo lado espiritual, pelo oculto, a reencarnação, os anjos, espíritos, fantasmas, a vida após a morte e tudo o que tocasse estes assuntos diferentes, ou paranormais. Desde criança que fui tendo experiências, via sombras, tinha sensações e calafrios, ouvia vozes, ouvia chamar o meu nome… no fundo já estava a viver algumas experiências que ficaram no vazio por não ter apoio de nenhum adulto e muita falta de informação.
Na minha adolescência começaram a surgir livros destas temáticas no mercado e eu comprava tudo o que aparecesse na busca de conhecimento. E assim foi crescendo ainda mais o meu interesse e curiosidade assim como algum conhecimento até que em 2009 dei á luz ao meu filhote e a partir daí a minha vida mudou para sempre.
Fiquei a saber recentemente, no fundo foi mais uma confirmação do que eu já desconfiava que eu sou uma adulta Índigo e o meu filho é uma criança cristal. E é precisamente sobre tudo o que aconteceu até eu receber esta confirmação que pretendo relatar neste livro.
Muitas das histórias que vou contar foram vividas com palavras de sabedoria ditas por uma criança de 2 anos que mal sabia falar. São histórias sobre o meu contacto com os anjos através do meu filho e algumas mensagens recebidas que servem para toda a humanidade.
A minha sincera intenção ao escrever este livro é a de poder ajudar os pais e pessoas que tenham crianças cristal nas suas vidas, para no fundo saberem como lidar com estes seres tão sábios e tão especiais. Os velhos padrões de educação e de educador não servem para estas crianças, tem que haver uma adaptação e principalmente uma compreensão que estamos a lidar com almas sábias que basicamente vieram para ajudar na evolução não só dos seus familiares mas também de todos os que as rodeiam.
Na maior parte dos casos os familiares e até mesmo os pais não fazem ideia que aquela criança tem algo de diferente, por falta de conhecimento, por ser um assunto ainda não suficientemente divulgado e por não prestarem atenção ao que as próprias crianças dizem. A mim aconteceu-me ao início achar que o meu filho tinha um amigo imaginário e achar que era normal para a idade dele.

Após esta pequena introdução nada melhor que começar a contar a minha maravilhosa experiência na esperança que seja de alguma forma útil.

Porquê um blog?

Olá a todos, meu nome é Eli e começo por me apresentar, sou mãe de um menino que é o que se chama de criança Cristal.

Tem sido uma fantástica aventura ir descobrindo as capacidades que estas crianças trazem.

Tive que ler muito, informar-me, pesquisar mas acima de tudo o que me deu os meus conhecimentos maiores foi o convívio directo com um cristal.

Tenho tantas história para contar que estou a escrever um livro onde não só conto histórias reais como também vou aconselhando os pais de outras crianças pois acima de tudo o meu propósito é com a minha experiência poder transmitir facilitando assim o convívio entre estas crianças e os educadores.

Acreditem que nem sempre é fácil de se lidar com certas situações que nunca nos disseram que eram possíveis de acontecer.

Vou publicar aqui alguns excertos do meu livro, espero que sirva de inspiração e que gostem da minha escrita.

Grata,

Eli